Eu sou do norte, quem comigo pode?
Eu sou da lida, quem comigo fia?
Eu sou amiga, pronta à travessia,
com a poesia, que brota desses Gerais!
Eu sigo faceira, feito mulher rendeira.
À espera do guia, para iluminar o meu dia.
Eu sou mulata, não trago ouro nem prata.
Eu sou do mundo, sem um mistério profundo.
Eu sou ardente, vem comigo pra frente?
Pra lá do norte, deixando o curral das mortes!
Seguindo o rio, onde deságua o meu cio.
Eu quero a sorte de sempre voltar para o norte!
(Luciana Martins)
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro"...
(Clarice Lispector)
Quem sou eu
- Luciana Martins
- Brazil
- Quem eu sou? Não sou! Estou sendo, buscando, fazendo, estreando, encerrando, errando, reiniciando, ressignificando, desejando sempre mais... Acontecências! Ato, letargia, movimento, inspiração ... Em busca das essências no baú das minhas quimeras existências! Acont-essências! Dentre tudo aquilo que me constitui, vou construindo minha identidade, sempre metamorfoseada, a partir de tudo o que me marca em minha totalidade, em nada redutível, enquanto pessoa, mulher, cidadã, psicóloga, professora, aspirante a escritora ... Enfim, enquanto gente face a tudo o que diz das minhas, das nossas vivências. Gente que gosta de gente e que está sempre às voltas com as vicissitudes do humano! Acont-essências!
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Boas-vindas!
Sejam todos bem-vindos a este despretensioso mundinho literário, um cantinho para a produção de sentidos face às nossas vivências humanas! (Ainda em construção)
Aconchego: para um bom papo, regado a um bom café, quiçá a um ótimo vinho
"Não basta abrir as janelas para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego para ver as àrvores e as flores. Para ver as árvores e as flores é preciso também não ter filosofia nenhuma.
Procuro despir-me do que aprendi.
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me e ser eu...
O essencial é saber ver".
(Alberto Caeiro).
Não é bastante não ser cego para ver as àrvores e as flores. Para ver as árvores e as flores é preciso também não ter filosofia nenhuma.
Procuro despir-me do que aprendi.
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me e ser eu...
O essencial é saber ver".
(Alberto Caeiro).
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