"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro"... (Clarice Lispector)

Quem sou eu

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Quem eu sou? Não sou! Estou sendo, buscando, fazendo, estreando, encerrando, errando, reiniciando, ressignificando, desejando sempre mais... Acontecências! Ato, letargia, movimento, inspiração ... Em busca das essências no baú das minhas quimeras existências! Acont-essências! Dentre tudo aquilo que me constitui, vou construindo minha identidade, sempre metamorfoseada, a partir de tudo o que me marca em minha totalidade, em nada redutível, enquanto pessoa, mulher, cidadã, psicóloga, professora, aspirante a escritora ... Enfim, enquanto gente face a tudo o que diz das minhas, das nossas vivências. Gente que gosta de gente e que está sempre às voltas com as vicissitudes do humano! Acont-essências!

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Boas-vindas!

Sejam todos bem-vindos a este despretensioso mundinho literário, um cantinho para a produção de sentidos face às nossas vivências humanas! (Ainda em construção)















Aconchego: para um bom papo, regado a um bom café, quiçá a um ótimo vinho

Aconchego: para um bom papo, regado a um bom café, quiçá a um ótimo vinho
"Não basta abrir as janelas para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego para ver as àrvores e as flores. Para ver as árvores e as flores é preciso também não ter filosofia nenhuma.
Procuro despir-me do que aprendi.
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras, desembrulhar-me e ser eu...
O essencial é saber ver".
(Alberto Caeiro).



sábado, 2 de abril de 2011

Mural dos desejos

(Van Gogh)
 Há quem diga que tudo passa...
A vida, esta não passamos a limpo, posto que não é rascunho, é “acontecência”.
Há, portanto, marcas que são indeléveis ... nos atingem na alma!
Então, muita coisa aí nos cabe e, por vezes, deixamos-na ao vento, à sorte, feliz ou não, do outro.
Riobaldo, em sua saga rosiana, já dizia: “Dói sempre na gente, alguma vez, todo amor achável, que algum dia se desprezou” ...
Assim, giram as estações e o tempo segue seu curso, toma o seu rumo, cumpre seus ciclos.
Caem as folhas e mudam-se os ares, os cheiros, ora secos, ora molhados.
Fecham-se as feridas, abrem-se outras, algumas alhures, outras no mesmo lugar.
Renovam-se as cenas, os gostos, as crenças. Renasce a esperança...
Tranqüilidade aparente, sossego ilusório.
Ao som de um único acorde, ante uma só nuance, um fio de reminiscência, tudo se funde e se presentifica numa explosão de sentidos.
Tudo continua lá e nada se curva. Disso, não há como fugir.
Tanto nos parecerá prazeroso ou doloroso, quanto fomos, outrora, capazes de ser e de fazer, o que muito influi sobre o que somos e o que viremos a ser ...
Melhor, então, é acreditarmos que algumas coisas não custam nada e valem muito!
E, aí, nem mega-grandiosos, nem medíocres, humanos, simplesmente, humanos!
(Luciana Martins)

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