"Da vez primeira que me assassinaram
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha ...Depois, de cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha ...E hoje, dos meus cadáveres, eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada ...
Arde um toco de vela, amarelada ...
Como o único bem que me ficou!Vinde, corvos, chacais, ladrões da estrada!
Ah! Desta mão, avaramente adnunca,
Ninguém há de arrancar-me a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do Horror! Voejai!
Que a luz, trêmula e triste como um ai,
A luz do morto não se apaga nunca!"
(Mario Quintana)
Legal a poesia de Mário Quintana, Luciana. O sujeito que morre várias vezes e só lhe resta um toco de vela, a sua "luz"...
ResponderExcluirÉ verdade, Jones, essa luz, com todas as metáforas que aqui se engendram, representa o que talvez seja aquilo que ninguém pode nos tirar, o que não se apaga, ainda que nos matem ...
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